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Entre os dez projetos de empreendedorismo, WikiPet levou o prêmio de R$ 12 mil reais. Na categoria intraempreendedorismo foram cinco concorrentes e o time da BMW ficou em primeiro.
Com apresentação final de 15 projetos (dez de empreendedorismo e cinco de intraempreendedorismo) o JEDI - Jornada de Empreendedorismo, Desenvolvimento e Inovação - reuniu mais de 60 participantes, de 17 equipes, e um grupo de 30 mentores, que atuam de forma voluntária, com conhecimentos e experiências diversos. Durante dez dias, em atividades presenciais no Ágora Tech Park e Link Lab Acate ou atividades online, os times trabalharam para transformar uma ideia em um novo negócio ou solucionar um problema do negócio já existente de forma inovadora.
Na categoria empreendedorismo o prêmio de R$ 12 mil, entre outros benefícios, ficou com o WikiPet, time que desenvolveu uma plataforma para registrar o histórico de saúde dos pets, desde exames, vacinas entre outras informações de saúde. Quatro projetos foram considerados aprovados pelos jurados: Hallco, AGRVision, CleverCo e Therapy Box. E três projetos foram aprovados com ressalvas: Economi-Z, DevolveAí e SafeRoad.
Na categoria intraempreendedorismo, o primeiro lugar ficou com um projeto do time da BMW, segundo lugar com o Bonja e terceiro lugar com a Fundação Pró-Rim. São projetos de melhorias de processos que serão implementadas internamente pelas empresas, pois representam ganhos de eficiência para os negócios. A apresentação dos pitches aos jurados, no último dia do evento, contou com a presença de público convidado e familiares dos participantes da jornada.
Cada time apresentou sua ideia em três minutos e teve quatro minutos para responder às dúvidas do time de jurados: Fernando Nunes, CEO e fundador da Transfeera; Tyara Nascimento, designer têxtil e fundadora da Molde.me; e Jorge Fernandes, diretor-presidente da Softville e sócio fundador da Young Tech Sistemas. “Bons times, muito preparo e boas ideias. Vi engajamento e foco em construir valor e entregar soluções que ajudem pessoas e negócios e possam transformar a sociedade”, destaca Fernando.
Tyara acredita que os projetos apresentaram um alto nível, e que foi possível observar validação em cada um dos aspectos, tanto que a maioria dos projetos foi aprovada. “Também foi perceptível o trabalho dos mentores em conduzir os empreendedores nas melhores práticas de validação de negócios. Não foi uma escolha fácil, pois vários projetos mereciam o prêmio. Também me chamou atenção os projetos de intraempreendedorismo e o alto grau de comprometimento dos colaboradores em buscar soluções para grandes problemas das empresas em que trabalham”, conta.
Jorge reforça que é sempre uma honra participar de eventos relevantes como o JEDI. “Fiquei muito feliz com o nível dos projetos desta edição e com a variedade de ideias apresentadas. Tenho certeza de que logo vamos ouvir falar muito de algumas das startups que surgiram nesta jornada!". Mesmo após o encerramento da jornada, os times vão continuar recebendo apoio e mentoria para colocar seus negócios em prática. A 13ª edição do JEDI ocorre no mês de outubro.
Soluções inovadoras para problemas reais
Realizado pelo Join.Valle em parceria com o Sebrae Santa Catarina, o JEDI promove o empreendedorismo e busca soluções inovadoras para problemas enfrentados por empresas e pela sociedade. “O JEDI é muito mais que um programa de empreendedorismo. Com ênfase na inovação, tecnologia e modernos modelos de negócios é um verdadeiro catalisador para transformar ideias em empreendimentos de sucesso”, explica o diretor executivo do Join.Valle, Fabiano Dell Agnolo, que também atuou como mentor da jornada.
Nas onze edições realizadas até 2023, foram mais de 900 participantes, 80 mentores, 120 equipes formadas e 30 startups surgidas. Entre os objetivos do JEDI estão proporcionar a criação de novos negócios, capacitar e guiar os participantes em metodologias pré-definidas de empreendedorismo inovador, estimular e fomentar a prática do empreendedorismo e da inovação e proporcionar o desenvolvimento de soluções inovadoras de intraempreendedorismo.
Conforme Fabiano, o programa existe para transformar pessoas e promover o espírito empreendedor, independentemente se a pessoa vai abrir um novo negócio ou vai atuar dentro de uma empresa. Nesta edição ele destaca a maturidade da metodologia e projetos alinhados com reais do mercado. “Programas como o JEDI são essenciais porque observamos ideias se tornando negócios. No Sebrae temos como bandeiras prioritárias a inovação e a jornada do empreendedorismo inovador”, complementa Daniela Dalfovo, Gestora de projetos do Sebrae/SC.
Grupo unido pelo amor aos pets
Manuella Sissy, Hebert Barbosa, Pietro Kucharski, João Otávio e Ryan Gustavo Benevides de Souza têm em comum o amor pelos pets e, agora, a vontade de empreender com o Wiki Pet - projeto que levou o prêmio da 12ª edição do JEDI. O caminho deles se cruzou durante o Startup Weekend Joinville no final do mês de abril. Para quem não conhece, o SW tem uma proposta de unir pessoas diversas e montar uma startup em 54 horas de atividades, entre sexta e domingo.
É importante detalhar tudo isso porque quando o grupo se conheceu e começou a trabalhar junto o projeto não tinha nada a ver com pets. Eles são unânimes em dizer que até a noite de sábado poderiam ser considerados o pior time do SW. E foi num momento de crise, mas também de conversa sincera que os pets entraram na jogada e mudaram o rumo das coisas. O grupo pivotou - no universo das startups, o termo tem o sentido de mudar o direcionamento do negócio - e acabou vencendo o SW com o projeto do WikiPet. Com isso, ganharam a inscrição para a 12ª edição do JEDI.
Eles chegaram ao JEDI cheios de vontade de lapidar o WikiPet para de fato transformar a ideia num negócio. “Nos conhecemos há pouco mais de 30 dias e somos praticamente uma família. No SW foram tantas reviravoltas que nós fomos para a final muito despretensiosos. Dei o meu melhor no pitch, mas não imaginávamos ganhar. A partir dali, fizemos reuniões semanais e entramos no JEDI com foco em vencer e ter a oportunidade de fazer nosso negócio acontecer”, explica Manuella, advogada, apaixonada por pets. “Eu soluciono problemas na área do direito e agora quero solucionar esta dificuldade dos pais de pet, porque os pets são muito importantes para seus tutores e fazem parte das famílias”.
Hebert é formado em Medicina Veterinária, mas fez uma transição de carreira para a área de tecnologia em função de um tratamento de saúde. Foi por tudo isso que chegou em Joinville e agora se sente realizado em unir os conhecimentos com algo relacionado aos pets. João é de Canoinhas, Planalto Norte de Santa Catarina, e mora em Joinville desde 2011. Veio para estudar Tecnologia da Informação, mudou para Publicidade e há alguns anos trabalha como fotógrafo e videomaker. Entre as paixões está o trabalho de fotografia profissional de animais.
Pietro se inscreveu no SW por incentivo da mãe. A vontade de empreender surgiu durante o programa e foi reforçada agora, com o JEDI. “Mudei minha visão sobre empreendedorismo. Estes programas despertaram uma vontade de fazer a coisa acontecer”, explica. Com 21 anos, Pietro faz Ciência da Computação, desenvolve aplicativos e é também apaixonado por tecnologia. Nasceu em Santos e mora há dez anos em Joinville e é atleta de futebol americano pelo Timbó Rex. Tem pets desde que se conhece por gente. Já Ryan, também apaixonado por pets, faz Comércio Exterior na Univille e foi num sorteio da universidade que ganhou o ingresso para o SW e segundo ele, mergulhou nesse maravilhoso mundo do empreendedorismo.
JEDI tem metodologia diferenciada
Na avaliação de Fabiano Dell Agnolo o que torna o JEDI especial é a metodologia diferenciada. “A metodologia foca em problemas reais e relevantes no mercado, tem processos de validação robustos e consistentes, um time de mentores altamente qualificados, acesso à parceiros de tecnologias avançadas, além de curadoria no perfil dos participantes e auxílio pré e pós JEDI”, destaca.
Durante atividades presenciais e online da jornada, além das mentorias individualizadas e uma série de dinâmicas práticas realizadas pelo time de mentores, os participantes recebem uma série de treinamentos e novos conhecimentos que ajudam a transformar aquela ideia inicial de fato em um possível negócio. Fabiano apresentou o workshop “Definição de Problema”. Grasiéle Nazário, executiva da Softville apresentou o workshop “Processo de Validação”. Giovani Zamboni, líder da equipe de desenvolvimento da TOTVs Labs, apresentou o workshop “Ideação e MVP” (mínimo produto viável, em tradução para o português). Rogers Pereira, CEO da Magrathea Labs, apresentou o workshop “Pitch Matador”.
A multi-empreendedora Déia Zoboli apresentou o workshop “Modelo de Negócio e Monetização”. “O objetivo era levar ferramentas para que as equipes pudessem olhar suas ideias estrategicamente, aplicar o Lean Startup e Canvas, para poder modelar as principais áreas envolvidas no negócio e analisar a viabilidade dele. Explicamos cada box, o que deveria ser pensado e estruturado ali. Com uma visão holística do negócio, o empreendedor consegue ter clareza que pontos precisam ser refinados, clareza de quem é o cliente, dos custos, de como estruturar a monetização e geração de receita”, pontua Déia.
O co-fundador e diretor de receita da Analisou, Vinícius Candil, apresentou o workshop “Mercado, Concorrência e Precificação”. “São informações fundamentais em um pitch, pontos que ajudam as equipes a definirem o potencial e escala de cada negócio. Foram abordados exemplos práticos de como grandes empresas definem o seu mercado, além de sugestões de onde obter esse tipo de dado. Em relação à concorrência, provocamos as equipes a pensarem não somente nos concorrentes diretos, mas também nos indiretos. No momento da definição do preço do seu produto ou serviço, abordamos tópicos como benchmarking com concorrentes, custos e a margem esperada, para que os negócios se sustentem”, explica Vinícius.
Palestra inspiradora na abertura
João Ozório, CEO da YAK Tratores Elétricos, foi participante das primeiras edições da jornada e contou um pouco da sua história na abertura da 12ª edição. "O JEDI foi superimportante para me ajudar a colocar em prática alguns conceitos que eu até conhecia, mas sem ajuda de mentores e outras pessoas do mercado era mais difícil aplicar. No programa você se força a usar esses conceitos para conseguir evoluir na jornada e isso é muito bom. Com o JEDI eu também criei conexões importantes e duradouras, que contribuíram muito para o meu negócio", explica.
A trajetória empreendedora de João teve início em 2011, quando junto com um sócio montou um escritório de publicidade e design. Ele acredita que a experiência acelerou sua formação como empreendedor. "Foi então que em 2016 surgiu a ideia da YAK, um sonho grandioso com o potencial de realizar todos os meus objetivos como empreendedor. Este projeto não representava apenas uma oportunidade de negócio, mas também a materialização de anos de aspirações e ambições", destaca.
Marcas que apoiam o evento
A 12ª edição do JEDI é uma realização do Join.Valle e Sebrae/SC, com patrocínio da Whirpool, Hub Colmeia, Sicoob e Stagio; parceria das empresas mantenedoras do Join.Valle (Arcelor Mittal, Acredicoop, BMW, Bonja, Fiesc, Martinelli Advogados, Metal Group, SoftExpert, Perini Business Park e SS&T Advogados); e apoio da Acate, Fab Lab Joinville, Ágora Tech Park e Softville.
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