cidade de
Hoje celebramos o Dia do Folclore e, mais uma vez, vou compartilhar com vocês, leitores, uma experiência que, entre surpresas e reflexões, me encheu de orgulho de nossa cultura e dos nossos museus.
Recentemente enchi o carro de meninos de nove anos: meu filho, Francisco, e cia de amigos, e fui visitar o MNIC – Museu Nacional de Imigração e Colonização. Fiz todo o tour com a molecada correndo para todo lado… Ok, eles adoraram a nova expografia interativa, ficaram alucinados com a carroça de erva mate, apaixonados pela casa enxaimel. Um sucesso (e aliás, recomendo para quem ainda não foi).
Até que na sala de exposição do 3º andar do casarão, algo mágico aconteceu no encontro do meu filho com as histórias narradas em uma das exposições interativas ofertadas. Ele não se desligava… na mesma noite, em nossa conversa noturna, ele começou a me contar o melhor de seu dia e iniciou sua narrativa empolgada pelas incríveis histórias que ele conheceu no museu.
“Mãe, tinha várias histórias! De fantasma, de cemitério, e a mais legal foi da COBRA GIGANTE DE FOGO!”
Estava tão empolgado que havia esquecido o nome da cobra. Queria que eu ligasse ao museu para descobrir. Acabei fazendo isso no outro dia. Nossos incríveis técnicos do prontamente responderam: é o BOITATÁ.
Pronto. Não tem Ninjago, nem Anime. A nova Cobra Heróica do Francisco é o Tatá, a Serpente de Fogo que protege a Natureza contra quem é predador, colocando fogo em quem mata os bichos. Pesquisamos juntos, nos assustamos juntos. Ressignificamos nosso folclore. Aprendemos que nossas manifestações culturais, crenças, danças, músicas, mitos e heróis são muito melhores quando estão perto de nós.
Quem sabe, no ano que vem, o assunto do momento será o Curupira ou o Saci. Hoje tem Boi de Mamão na escola dele e confesso que fiquei muito feliz com a iniciativa de contarem mais essa história. Que a gente nunca deixe de se encantar e de se interessar, pois o Folclore é composto por múltiplas manifestações culturais importantes para nossa comunidade e faz parte de nossas vidas. São saberes, danças, crenças, músicas, brincadeiras, mitos, conhecimentos. É o carinho ao receber os biscoitos confeitados de Natal, o Stollen feitos pelos entes queridos ou montar uma Osterbaum na Páscoa. É uma cantiga de roda. É pular amarelinha. É um direito fundamental. Encante-se!
Eu sou a Luana Gusso!
É mãe do Francisco. Professora do Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille Advogada
Presidente do Conselho de Política Cultural de Joinville
Institucional
Informações Úteis
Eventos
Gastronomia
Qualidade de Vida
Todos os direitos reservados | Joinville e Região Convention & Visitors Bureau.